terça-feira, 29 de setembro de 2015

INTERNET E SAÚDE (INFORMAÇÃO)


Doenças cibernéticas

Cybersickness, Nomophobia, Cibercondria... Conheça oito doenças relacionadas ao uso incessante da internet

A "Depressão do Facebook" aparece por parecer que a vida de todos é mais feliz e bem sucedida que a sua.

Já parou pra pensar o que seria de você sem acesso wi-fi, sem smartphone, sem mensagem instantânea, sem o Facebook, sem a atualização do Twitter, e tudo o que está relacionado a nova vida digital? À medida que esses itens se tornam indispensáveis para as pessoas, uma série de complicações e novas doenças vem junto com eles. É o que explica Larry Rosen, professor de psicologia na Universidade Estadual da California, Dominguez Hills, em seu novo livro, iDisorder.

Segundo o professor, alguns distúrbios são formas modificadas de outros já conhecidos, porém adaptados à nova realidade digital. “Interagir com a nossa tecnologia pode fazer-nos exibir sinais e sintomas diversos, que vão desde depressão, narcisismo ou voyeurismo”, afirma Larry. Ao mesmo tempo, outras doenças totalmente novas surgem intimamente ligadas a este universo cibernético. Embora algumas doenças ainda estejam sendo pesquisadas, muitas já foram catalogadas oficialmente.

Separamos uma lista com oito delas. Não se assuste se você se encaixar em uma -ou mais. Em todo caso, se notar que os níveis são alarmantes, a dica é procurar um especialista. Confira!

1. Síndrome do toque fantasma - Trata-se daquela sensação de que o seu celular está vibrando no seu bolso, fazendo com que você o pegue de cinco em cinco minutos para conferir. A síndrome é mais comum do que imaginamos, de acordo com Larry. Segundo ele, pelo menos 70% das pessoas que assumem usar muito o celular sofrem este tipo de “delírio”. Para o professor, a sensação está relacionada aos mecanismos de resposta do nosso cérebro.

2. Nomophobia - Nada mais é do que aquela terrível sensação de ansiedade ao ficar sem celular. A palavra nomophobia é uma abreviatura de “no-mobile phobia”, ou seja, medo de ficar sem o telefone móvel. Para algumas pessoas, quando o celular fica sem bateria e não tem nenhuma tomada por perto, há aquela desconfortável sensação de privação e distanciamento do mundo. Segundo o professor, por conta do acesso que a maioria dos celulares tem às redes sociais, ficar sem o aparelho pode causar a sensação de solidão e abandono.

3. Náusea Digital (Cybersickness) - Trata-se da vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem com alguns ambientes digitais. Em tempos de Gifs, sites em flash e um sem número de experiências em 3D, torna-se cada vez mais comum pessoas sentirem-se tontas e nauseadas ao interagirem com este universo fora do comum. Essas tonturas e náuseas resultantes de um ambiente virtual foram apelidadas de Cybersickness. O termo surgiu na década de 1990 para descrever a sensação de desorientação vivida por usuários iniciais de sistemas de realidade virtual. É basicamente o nosso cérebro sendo enganado e ficando enjoado por conta da sensação de movimento quando não estamos realmente nos movimentando.

4. Depressão do Facebook -  Enquanto acreditamos que as redes sociais, ao aumentarem as possibilidades de interação entre as pessoas torna-as mais felizes, um estudo da Universidade de Michigan mostra que não. O estudo aponta que a depressão entre os jovens está diretamente ligada ao tempo que passam no Facebook. Aquela história de que o Facebook é o mundo ideal, onde todos são felizes, bem sucedidos, engajados e populares, pode levar o usuário a crer que todo mundo tem uma vida melhor que a dele, causando a depressão. Outro ponto é, justamente quando o usuário faz postagens que não repercutem como ele imaginava que aconteceria, causando profunda frustração. O experimento realizado por Rosen mostrou que os usuários que têm muitos amigos na rede social mostraram ter menor incidência de problemas emocionais, quando o uso da mídia social é associado a outras formas de contato, como o telefone, por exemplo.

5. Transtorno de Dependência da Internet - Diz respeito ao uso excessivo e irracional da internet com interferência direta no dia a dia. A utilização compulsiva é frequentemente vista com sintoma de alguma doença maior, como depressão, TOC, Transtorno de Déficit de Atenção e ansiedade social, como afirma a Dra. Kimberly Young, médica responsável pelo Centro de Dependência da Internet, que trata de inúmeras formas de dependência à rede. Segundo ela, as formas de vício em internet geralmente estão ligadas a “baixa autoestima, baixa autossuficiência e habilidades ruins”.

6. Vício de jogos on-line - Embora não seja reconhecido oficialmente como uma doença, o vício em jogos on-line se manifesta como qualquer outro. Existem vários grupos de apoio espalhados pelo mundo, tal como os “Alcoólicos Anônimos”, ajudando pessoas a lidar com o problema. “Quando você é dependente de algo, seu cérebro basicamente está informando que precisa de certas substâncias neurotransmissoras, particularmente a dopamina e a serotonina, para se sentir bem”, diz Rosen. Segundo ele, esta regra se aplica em qualquer caso de vício, em que o cérebro sente a necessidade receber os neurotransmissores exige que você faça repetidamente a atividade para se sentir bem.

7. Cibercondria, ou hipocondria digital - Trata-se da tendência de o usuário acreditar que tem todas as doenças sobre as quais leu na internet. Grande parte deste problema está justamente na quantidade infindável de informações relacionadas a doenças -nem sempre confiáveis- disponíveis na rede. Pessoas recorrem ao “médicos virtuais” para identificar a causa de pequenos problemas, como dores de cabeça por exemplo. A partir daí, com um pouco de informação e muita imaginação, o usuário passa a pensar que tem algo grave.


8. O efeito Google - É quando, por conta da facilidade em encontrar todo tipo de informação na internet, nosso cérebro passa a reter uma quantidade menor de informações. O cérebro passa agir como se não mais necessitasse memorizar certas informações, já que as conseguiria com facilidade na rede. Segundo o Dr. Rosen, esta mudança não é necessariamente ruim, uma vez que marca uma mudança social que apontaria para uma geração mais esperta e bem informada. O perigo, no entanto, reside justamente em conhecimentos que precisamos memorizar (matérias de prova, por exemplo), mas não o fazemos pela facilidade em encontrá-lo no Google.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A Gramática no Enem

A gramática não é abordada no Enem desvinculada do texto, mas deve ser analisada unida à interpretação. Portanto, não basta saber o que é um pronome ou uma conjunção, é preciso entender sua função para a oração, bem como os efeitos de sentido que estabelecem. Por exemplo, qual o efeito que gera dentro do texto o uso da conjunção coordenativa adversativa?  De oposição, não é? Logo, não basta simplesmente saber a classificação da conjunção, o mais importante é entender o efeito de sentido que ela estabelece no texto.

Outro aspecto importante é entender que a prova do Enem busca reduzir o preconceito linguístico, logo saber como se caracteriza a linguagem culta e coloquial e conhecer os diferentes níveis de linguagem são aspectos de suma importância. Atente para o fato de que a linguagem não será a mesma o tempo todo, dependendo, portanto, do interlocutor (quem fala/ para quem se fala), do contexto (situação), do momento histórico, do meio pelo qual o texto será divulgado etc.

Outra dica é não perder o foco do texto, pois, mesmo quando a questão analisa aspectos gramaticais, a leitura crítica, a associação entre os textos, o diálogo entre as linguagens e a interpretação de imagens devem continuar como atitudes constantes do candidato no Enem, pois, como já mencionado, a gramática apresenta-se de forma contextualizada. 

 O fato de a gramática não ser cobrada como antigamente não significa que não seja necessário conhecer as regras, logo, é importante revisar os conteúdos. A seguir, alguns assuntos serão sugeridos, não significando que somente esses devem ser estudados. A lista abaixo representa apenas os conteúdos com maior probabilidade de entrar na prova do Enem. Entretanto, é bom que todos sejam revisados, pois mesmo os que não são cobrados diretamente na prova de Português, como regência, concordância, regras ortográficas, pontuação, entre outros, serão avaliados na redação.

Interpretação de texto - Enem

Como interpretar um texto? – Português no Enem

Interpretação de Texto: você sabe quais são os principais pontos nos quais deve focar durante a leitura de tantos textos em uma prova como o Enem? Vamos relembrar como interpretar um texto? Estude com a gente!

Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem.  A compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas. Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares.

Algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o entendimento do texto mais rápido e eficaz:

A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas “ideias básicas”. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. É assim que se estuda interpretação de texto para o Enem.

Veja neste exemplo:

          “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana”.
            Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895).
           Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.
         Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.
      “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio).

IDEIAS – NÚCLEO. Passo inicial da Interpretação de Texto:

Primeiro Conceito do texto:

* “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente”.
O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.

Segundo Conceito do Texto:

* “Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais”.

A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.

Terceiro Conceito do Texto:

* “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília”.
Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto.

Quarto Conceito do Texto:

* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.”.
Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.
A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e captar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer uma leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa ser feita uma análise mais a fundo do mesmo. Estes são os segredos simples da Interpretação de Texto.