domingo, 28 de julho de 2013

ESTUDAR PORTUGUÊS PARA O ENEM 2013


COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA O ENEM 2013?

A disciplina não é a que tem maior peso no exame (esse título fica com a matemática). Mas devido às características do Enem, que usa e abusa da necessidade de leitura e interpretação, é inegável que o português ocupa vital importância em todas as disciplinas! Diversas questões de história e geografia, por exemplo, são plenamente resolvidas com uma boa leitura.

Analisando as questões de língua portuguesa propriamente dita, além da evidente necessidade de boa leitura e interpretação que resolvem boa parte das questões, podemos destacar outras características que são cobradas dos candidatos e que tornam o Enem tão diferente dos vestibulares tradicionais:

A grande variabilidade linguística brasileira, tendo como um dos seus principais causadores o fator geográfico.

A Interpretação de textos verbais e não verbais, como por exemplo, a interpretação de linguagem corporal.

O reconhecimento das diversas figuras de linguagem existentes. Uma das que aparece mais frequentemente é a ironia, que consiste em expressar o contrário do que efetivamente se pensa.

A identificação de gêneros textuais, que são categorias a que pertencem os textos, de acordo com suas características e funções.

O conhecimento das principais características dos movimentos literários da língua portuguesa, com destaque para o modernismo.

ALGUMAS DICAS PARA O ESTUDANTE SE PREPARAR:

1- Ler todos os tipos de textos possíveis. Verbais e não verbais, charges, noticias, quadrinhos, romances etc.

2- Treinar o reconhecimento da variabilidade linguística brasileira, das figuras de linguagens e dos gêneros textuais. Certamente, umas das melhores maneiras de desenvolver essas características é refazer as ultimas edições do Enem. (Busque na internet)

3- Estudar a fundo todos os movimentos literários da língua portuguesa, dando destaque aos seus ícones, suas respectivas obras e principais características.

4- Não se preocupe com o novo Acordo Ortográfico (2008), pois sua cobrança em concursos e exames como o Enem será obrigatória somente a partir de 2016.

Essas são as dicas! Apenas não deixe de dar destaque também à ortografia, pois além de auxiliar na interpretação, ajudará e muito na hora da redação.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

RESUMO - RESENHA - FICHAMENTO



Resumo é uma exposição abreviada de um acontecimento. Fazer um resumo significa apresentar o conteúdo de forma sintética, destacando as informações essenciais do conteúdo de um livro, artigo, argumento de filme, peça teatral, etc.

A elaboração de um resumo exige análise e interpretação do conteúdo para que sejam transmitidas as ideias mais importantes.

O resumo é um exercício escolar cobrado frequentemente pelos professores. Escrever um texto em poucas linhas ajuda o aluno a desenvolver a sua capacidade de síntese, objetividade e clareza: três fatores que serão muito importantes ao longo da vida escolar. Além de ser um ótimo instrumento de estudo da matéria para fazer um teste.

Resumo é sinônimo de "recapitulação", quando, ao final de cada capítulo de um livro é apresentado um breve texto com as ideias chave do assunto introduzido. Outros sinônimos de resumo são: sinopse, sumário, síntese, epítome e compêndio.

O resumo dos capítulos de uma novela é um recurso muito utilizado pelos canais de televisão, revistas ou sites específicos para apresentação diária de uma sequência dos principais acontecimentos em determinado capítulo.

Estrutura essencial do resumo
1-      As partes essenciais do texto.
2-      A progressão em que elas aparecem no texto.
3-      A correlação entre cada uma das partes.
Se o tipo de texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e especiais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e da construção das ideias.

Resenha é uma abordagem para a construção de relações entre as propriedades de um determinado objeto, analisando-o, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. Resenha também é um texto que serve para apresentar outro, que seja desconhecido do leitor.

No jornalismo, resenha é utilizada como forma de prestação de serviço, é um texto de origem opinativa que reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o que está sendo analisado. O objeto da resenha pode ser de qualquer natureza: um filme, livro, álbum, peça de teatro ou até mesmo um jogo de futebol, e pode ser uma resenha descritiva ou crítica. Para apresentar uma resenha é importante dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho, para dar ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente.

Existe também a resenha científica, trabalho acadêmico ou resenha acadêmica, que são resenhas elaboradas e ensinadas na universidade. Esse tipo de resenha apresenta uma síntese e uma crítica sobre um trabalho científico, e pode ser elaborada com base em leitura motivada por interesse próprio ou sobre demanda.

Resenha de livros é uma forma de crítica literária, em que um livro é analisado com base no conteúdo, estilo e mérito. Muitas vezes, a resenha é realizada em periódicos, como escola, trabalho ou online, essa revisão contém avaliações do livro com base no gosto pessoal.


Tipos de Resenha

As resenhas apresentam algumas divisões. As mais conhecidas delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.

.Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
1 .Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5. Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.


Fichamento é uma forma organizada de registrar as informações obtidas na leitura de um texto. É a elaboração de fichas de leitura com o intuito de registrar informações sobre livros e artigos. Existe material próprio para as fichas, que também podem ser feitas no computador. 

PODE SER UTILIZADO PARA:

Identificar as obras.
Conhecer seu conteúdo.
Fazer citações.
Analisar o material.
Elaborar a crítica.
Auxiliar e embasar a produção de textos.

CLASSIFICAÇÃO DE FICHAMENTO:

Fichamento textual
Fichamento temático
Fichamento bibliográfico

FICHAMENTO TEXTUAL: é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a sequência do pensamento do autor e destacando: ideias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às ideias principais. Traz, de forma racionalmente visualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.

FICHAMENTO TEMÁTICO : reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, ideias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de ideias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das ideias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente ideias pessoais não exigem qualquer indicação.

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO : consiste em resenha ou comentário que dê ideia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.

PARA QUE SERVE UM FICHAMENTO?
Para apresentar anotações que sirvam como material organizado para consulta. O fichamento é fonte para estudos posteriores. 

TIPOS DE FICHAMENTO
1. Bibliográfico
2. Conteúdo
3. Citações
ESTRUTURA DO FICHAMENTO
1. Cabeçalho
2. Assunto
3. Referência:
4. Autoria, título, local de publicação, editora e ano da publicação
5.Corpo

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO

É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
 http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil . São Paulo: Editora Brasiliense, 1993. A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora utiliza-se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo o processo de lutas e conquistas da mulher.

FICHAMENTO DE CONTEÚDO

É uma síntese das principais idéias contidas na obra. O aluno elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi dito. http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil . São Paulo: Editora Brasiliense, 1993. O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática. A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500 – 1822), até os anos de 1975 em que foi considerado o Ano Internacional da Mulher. A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.

FICHAMENTO DE CITAÇÕES TRANSCRIÇÃO TEXTUAL

Reprodução fiel das frases que se pretende usar na redação do trabalho. http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo. TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil . São Paulo: brasiliense, 1993. “ uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a instauração da República” (p.30) “na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132) “a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)

 FICHA BIBLIOGRÁFICA POR AUTOR

Exemplo:
Referência:
MARCONI, M.A; LACKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 214 p.
Local: Biblioteca Fortium 

FICHA BIBLIOGRÁFICA POR ASSUNTO

“Esse tipo de fichamento é mais fácil de trabalhar. As instruções indicadas no item anterior repetem-se aqui, sendo que desta vez o assunto deve estar encabeçando a ficha (na chamada)” (MOTA apud CRUZ; RIBEIRO, 2004, p.92).


Conhecimento científico

Referência:

MARCONI, M.A; LACKATOS,E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 214 p.
Local: Biblioteca Fortium

FICHA DE TRANSCRIÇÃO (OU DE CITAÇÃO)

“Este tipo de fichamento serve para que o pesquisador selecione as passagens que achar mais interessantes no decorrer da obra. É necessário que seja reproduzido fielmente o texto do autor (cópia literal). Após a transcrição, indica-se a referência bibliográfica cabível, ou então encabeça-se a ficha com a referência bibliográfica completa da obra e após a(s) citação(ões), coloca(m)-se o(s) número(s) da(s) página(s) de origem. Se o trecho for citado entre aspas duplas e no seu curso houver uma palavra ou expressão com aspas, estas deverão aparecer sob a forma de aspas simples (’)” (MOTA apud CRUZ; RIBEIRO, 2004, p.92).


Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre parênteses (sic).
A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses [...].
Supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicado por uma linha pontilhada.

Título: Metodologia Científica
Título: Metodologia Científica
Título do texto: Ciência e conhecimento Científico

Referência:
MARCONI, M.A; LACKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 

“O conhecimento popular e o científico possui objetivo comum, mas o que os diferencia é a forma, o modo e os instrumentos do ‘conhecer’. Uma das diferenças é quanto à condição ou possibilidade de se comprovar o conhecimento que se adquire no trato direto com as coisas e o ser humano”. (1995, p.10).

Local: Biblioteca Fortium

FICHA DE RESUMO OU COMENTÁRIO

Você pode utilizar esse tipo de ficha para expor, abreviadamente, as principais ideias do autor ou também para sintetizar as ideias principais de um texto ou de uma aula. A ficha de resumo deve ser breve e redigida com as próprias palavras, não precisando obedecer a estrutura da obra .

Título: Metodologia Científica
Título: Metodologia Científica
Título do texto: Ciência e conhecimento Científico
Subtítulo: Conhecimento científico

Referência:

MARCONI, M.A; LACKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

 O conhecimento científico se caracteriza pela possibilidade de se comprovar os dados obtidos nas investigações acerca dos objetos. (p. 10).

Ideação: Após a leitura da obra em referência chega-se ao posicionamento... 

Observação: falar de algum apêndice, gráfico, tabela, que são importantes e que compõem a obra. 

Local: Biblioteca Fortium

FICHA DE DOCUMENTAÇÃO GERAL

A função dessas fichas consiste em coletar e guardar materiais úteis, retirados de fontes perecíveis como: artigos de jornais, revistas, textos, roteiros de seminários, trabalhos didáticos, etc

Título
Título
Texto colado
Fonte/data/página
Local:


FICHA DE VOCABULÁRIO TÉCNO-LINGÜÍSTICO

É uma espécie de glossário que guarda os conceitos e categorias específicos de cada área do saber ou disciplina. Servem para esclarecer os conceitos fundamentais de cada tema estudado.

Exemplo:

Título: Metodologia Científica
Título do texto: Ciência e conhecimento Científico
 Referência:

MARCONI, M.A; LACKATOS,E.M. Metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 

Ciência=.....................
Conhecimento=........................
Dados=............................
Informações=........................
Local: Biblioteca Fortium

ATIVIDADES

Elabore uma ficha:
bibliográfica por autor
bibliográfica por assunto
de transcrição (ou de citação)
de resumo ou comentário
de vocabulário técno-linguístico
de documentação geral

REFERÊNCIA:

CRUZ, Carla; RIBIEIRO, Uirá. Metodologia Científica: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004.

Dicas de como fazer um FICHAMENTO DE TEXTO

O fichamento é um registro dos estudos de um livro ou texto, esse registro é feito em fichas e estas têm critérios para serem elaboradas. O fichamento facilita a execução dos trabalhos acadêmicos e a assimilação dos conteúdos estudados. Nosso objetivo é dar um exemplo de texto com parte de seu conteúdo fichado, e a outra parte para que o aluno exercite, sem a pretensão do rigor acadêmico que exige um fichamento. É mesmo um exercício de como facilitar o estudo e a fixação do conteúdo de textos. Existe alguns critérios básicos para fazer um fichamento, não dá para burlar estes passos, sem eles não há fichamento, seguiríamos fazendo um resumo, e não é este o objetivo.

Primeiro passo:
Fazer uma leitura de todo o texto, ou do capítulo do livro, para somente se inteirar do assunto tratado. Neste momento pode-se anotar algum vocabulário não conhecido para posterior busca de sentido no dicionário. (leitura panorâmica)
Segundo passo:
Fazer uma segunda leitura, agora mais criteriosa e para isso divida o texto em partes, de um subtítulo a outro por exemplo, e a cada parágrafo vá grifando a ideia central do texto, conectando-a com a ideia de outro parágrafo e assim por diante. Algumas vezes é necessário voltar a ler o parágrafo mais de uma vez. Observe as chamadas palavras chaves, porque abrem possibilidades de ideias no texto, elas são importantes para um bom entendimento do conteúdo.
Terceiro passo:
Terminado a grifagem do texto, transcreva-o tal e qual como está no livro, releia-o e verifique a ordem e a lógica fiel ao conteúdo abordado. Esta é uma maneira de se fazer um fichamento. Quando precisar ler o texto ou o livro novamente, ficará mais rápido de recordar os dados pela releitura do fichamento do mesmo.















quinta-feira, 11 de julho de 2013

Praticando redação


Antes da sugestão para a produção da redação, apresentamos o esquema da prova de redação do SSA - UPE/2013

SISTEMA SERIADO DE AVALIAÇÃO (SSA) – UPE/ 2013 

QUANTO À REDAÇÃO

 - SERÁ ATRIBUÍDA NOTA 0(ZERO) QUANDO: 
 . a folha de redação estiver identificada por assinatura, rubrica ou qualquer sinal identificador, .  a folha de redação estiver em branco,
 . houver fuga total do tema proposto e ao gênero dissertativo.

 - A REDAÇÃO ISOLADAMENTE, VALENDO DE 0 A 10 PONTOS:
 - NÃO serão corrigidas as redações dos candidatos que NÃO obtiverem pontuação mínima exigida na aprovação em qualquer uma das disciplinas componentes da prova do seu respectivo curso, incluindo a prova de Português. . Será eliminado nesta parte da prova, o candidato que não atingir o mínimo de 2 (dois) pontos.

 - NA AVALIAÇÃO DO TEMA PRODUZIDO, SERÃO CONSIDERADOS OS SEGUINTES CRITÉRIOS: 
 . Progressão no desenvolvimento das ideias e não contradição entre os argumentos apresentados.
 . Articulação entre as partes do texto.
 . Fuga a obviedade das ideias propostas.
 . Clareza e precisão.
 . Formulação linguística, segundo as regras (morfossintáticas, ortográficas, de pontuação) da norma padrão do português, considerando a nova reforma ortográfica.
 . Em caso de fuga parcial, quando houver desvio do eixo temático, a pontuação atribuída ao texto será reduzida, conforme critérios estabelecidos pela comissão de avaliação.

PROPOSTA DE REDAÇÃO DO SSA-UPE/2013 – 3º ANO

PROVA DE REDAÇÃO 

Nesta prova, há duas propostas temáticas para a sua redação. Você escolherá, apenas, um tema sobre o qual deve criar um título e produzir um texto dissertativo/ argumentativo com o no mínimo de 20 e no máximo de 30 linhas. Antes de fazer sua opção pelo tema, leia os fragmentos a seguir. Eles podem despertar ideias para desenvolver o seu trabalho. 

FRAGMENTO 1
Leão do Norte 
Lenine

 [...]Sou o coração do folclore nordestino 
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá 
Sou o boneco do Mestre Vitalino 
Dançando uma ciranda em Itamaracá 
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho 
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial 
Sou Capibaribe
 Num livro de João Cabral 
Sou mamulengo de São Bento do Una Vindo no baque solto de Maracatu 
Eu sou um auto de Ariano Suassuna 
No meio da Feira de Caruaru 
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta 
Levando a flor da lira Pra Nova Jerusalém 
Sou Luis Gonzaga 
E sou do mangue também 
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte 
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte... 

TEMA 1 
PERNAMBUCO: DO FUTURO ÉS A CRENÇA, A ESPERANÇA 

 FRAGMENTO 2 

Todos os filhos foram forjados na luta. Batendo na mesma bananeira da qual tiravam alimentação. Quando Esquiva desistiu do boxe e começou a vender drogas, ele não desistiu. Foi atrás, mostrando novamente para o filho que a única coisa que vale a pena na vida é esquecer os erros e continuar lutando. Acreditou nos filhos e acreditou que seus filhos fariam o milagre de ganhar a vida lutando no Brasil, apenas com seus ensinamentos. “Nunca tive uma vida fácil e dizia para todo mundo que eu não iria plantar batata ou milho. A minha lavoura seriam os meus filhos”. E ele conseguiu viver para ver o milagre. Os dois lutadores mais velhos, Yamaguchi e Esquiva, conseguiram vaga na equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Londres. Já era uma realização imensa. Já havia melhorado a vida de todos. Mas eles fizeram mais. Contaram a história mais inspiradora dos Jogos Olímpicos. Torceram um pelo outro e conquistaram medalhas. Não importa a cor delas. O milagre já está feito. O ciclo já está fechado. A história já está completa. 
Disponível em: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=69097 (Adaptado) 

TEMA 2
 INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DA AUTOESTIMA DOS FILHOS 

Observe a redação do aluno Hélio Fernandes da Escola de Referência em Ensino Médio de Timbaúba – EREMT, estudante de Geografia na UPE, aprovado no vestibular/2013. Ele optou pelo primeiro tema. 

                                             O novo momento de Pernambuco 

         Sendo o estado que mais cresce no Brasil, Pernambuco está se tornando sinônimo de qualidade e desenvolvimento acelerado, título que não é de hoje, mas, que foi se perdendo com o tempo e agora está voltando mais forte do que nunca. 
        Capitania que gerou mais lucro, Pernambuco foi a principal província que encheu os cofres de Portugal e da Holanda no período Colonial, além de ser a mais desenvolvida até a chegada da família Real no Brasil, que transferiu a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, principal fator que contribuiu para a perda do mercado e do poder econômico pernambucano. 
         Mas, apesar disso, Pernambuco nunca perdeu sua influência no nordeste e hoje mostra para o Brasil e o mundo o seu rápido poder de crescimento econômico, resultado de políticas para a melhoria da situação industrial e agrícola no estado além de, promover melhorias no sistema educacional, saúde pública e bem-estar, o que faz Pernambuco retomar o patamar de destaque econômico para o nordeste e para o Brasil. 
         Um bom exemplo disso é o complexo industrial de Suape, que ajuda a abrir as portas do mercado externo para os produtos oriundos de Pernambuco e do Nordeste. Sem falar nos produtos do sertão como os das cidades de Petrolina, Floresta, entre outras que foram beneficiados com técnicas de irrigação provinda das águas do rio São Francisco. 
         Por isso, Pernambuco está sendo mais respeitado e divulgado, pois, agora mais do que nunca ele impõe respeito e liderança, dando orgulho para os pernambucanos e mostrando o verdadeiro rugido do Leão do Norte. (Texto reproduzido na íntegra com autorização do autor.)


REDAÇÃO PRODUZIDA EM SALA DE AULA ABORDANDO O TEMA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. TREINANDO PARA O ENEM/2012 
  
           Nos últimos anos, o desenvolvimento sustentável vem sendo uma questão bastante discutida, com isso o consumo sustentável vem sendo cobrado cada vez mais. Porém, muitos falam sobre o consumo sustentável, acham que apenas falar basta e acabam esquecendo do principal que é a prática. 
          A verdade é que, ainda não paramos para pensar que, o consumo exagerado das coisas vai nos trazer grandes problemas no futuro, pois precisamos acordar para a realidade que estamos vivendo e procurar levar à prática a sustentabilidade, começando pelas pequenas coisas. 
         Com isso, para que o consumo sustentável aconteça é necessário que todos nós comecemos a agir de forma consciente, consumindo apenas o necessário, reciclando o que for possível, evitando ao máximo poluir e não desperdiçar água, energia, comida enfim sem desperdícios e excessos. (Reproduzida na íntegra)

EXERCÍCIO – PRATIQUE REDAÇÃO 
PRODUZA UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO COM O SEGUINTE TEMA:

 “Por que causas o jovem tem se mobilizado atualmente no Brasil?”

Pragmática


O TEXTO

O texto será bem compreendido quando avaliado sob três aspectos:
I - pragmático: atuação informacional e comunicativa;
II - semântico-conceitual: coerência;
III - formal: coesão.

PRAGMÁTICA

Pragmática é o ramo da linguística que estuda a linguagem no contexto de seu uso na comunicação. As palavras, em sua significação comum, assumem muitas vezes outros significados distintos no uso da língua e, mais recentemente, o campo de estudo da pragmática passou a englobar o estudo da linguagem comum e o uso concreto da linguagem, enquanto a semântica e a sintaxe constituem a construção teórica. A pragmática, portanto, estuda os significados linguísticos determinados não exclusivamente pela semântica proposicional ou frásica, mas aqueles que se deduzem a partir de um contexto extralinguístico: discursivo, situacional, etc.

A capacidade de compreender a intenção do locutor é chamada de competência pragmática. A pragmática está além da construção da frase, estudado na sintaxe, ou do seu significado, estudado pela semântica. A pragmática estuda essencialmente os objetivos da comunicação. Como exemplo, suponha uma pessoa queira fazer uma segunda pessoa não fumar numa sala. Pode simplesmente dizer, de uma forma muito direta: "Pode deixar de fumar, por favor?". Ou, em alternativa, pode dizer: "Huumm, esta sala precisa de um purificador de ar". Repare que a palavra 'fumo' ou 'fumar' não é utilizada, mas indiretamente revela a intenção do locutor.

OS FATORES LINGUÍSTICOS

COERÊNCIA: Um texto para ser coerente depende do conhecimento da língua e de mundo e do grau de compartilhamento desse conhecimento entre produtor e receptor. Se o receptor de um texto não conhecer bem a língua que lhe deu forma, bem como a realidade de que ele fala, com toda certeza irá classificá-lo como incoerente. A coerência textual depende também das inferências, da intertextualidade, dos fatores pragmáticos e interacionais (tipos de atos de fala na interação, contexto de situação, intenção comunicativa).
COESÃO: A coesão é responsável pela ligação dos sentidos isolados para evidenciar a estruturação da sequência superficial do texto, não perdendo de vista o todo e a intenção com que se produz esse todo, para constituir finalmente um texto. Os mecanismos para a coesão de um texto podem ser o uso adequado dos operadores argumentativos, do léxico através da reiteração (repetição do mesmo item lexical: sinônimos, nomes genéricos etc.) e da colocação (uso de termos pertencentes a um mesmo campo significativo).

OS FATORES PRAGMÁTICOS DA TEXTUALIDADE

INTENCIONALIDADE: revela o esforço feito pelo produtor para estabelecer um discurso coerente e coeso a fim de cumprir o seu objetivo comunicativo em função do receptor.
ACEITABILIDADE: é inerente ao receptor, que analisa e avalia o grau de coerência, coesão, utilidade e relevância do texto capaz de levá-lo a alargar os seus conhecimentos ou de aceitar a intenção do produtor.
SITUACIONALIDADE: é responsável pela adequação do texto ao contexto sociocomunicativo.
INFORMATIVIDADE: responde pela suficiência de dados no texto, como também pelo grau de previsibilidade nas ocorrências no plano conceitual e no formal.
INTERTEXTUALIDADE: mostra a interdependência dos textos entre si, tendo em vista que um texto só faz sentido quando é entendido em relação a outro texto.

FATORES PRAGMÁTICOS:  Tipos de fala, contexto de situação, intenção comunicativa, características e crenças do produtor e receptor.
Intencionalidade – fator pragmático -  Redator/produtor/emissor.
Satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação comunicativa: informar, impressionar, alarmar, convencer, pedir, ofender, etc.
Aceitabilidade – fator pragmático -  Receptor/recebedor/leitor
(a quem? Para quem?). Conjunto de ocorrências de um texto coerente, capaz de levar o leitor a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor. A aceitabilidade depende da autenticidade – qualidade, veracidade.
Informatividade – fator pragmático – Quantidade de informação – Suficientes para que seja compreendido com o sentido que o redator pretende. Não é possível nem desejável que o texto explicite todas as informações necessárias; é preciso que deixe inequívocos os dados para o receptor compreender a mensagem. O nível de informação ideal é o mediano, no qual se alternam ocorrências de processamento imediato, que falem do conhecido, mas que trazem informação. Discurso menos previsível – mais informativo ( recepção mais trabalhosa, mais envolvente). Discurso mais previsível – menos informativo 
( tendência a rejeição).
Intertextualidade – fator pragmático – Concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente de outro(s) texto(s). Inúmeros textos só fazem sentido quando entendidos  em relação a outros textos que  funcionam como contexto, pois um discurso constrói-se através de um já-dito em relação a outros textos, que funcionam como seu contexto.
Situacionalidade – fator pragmático – Diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência  e RELEVÂNCIA  - importância da informação – do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação sociocomunicativa. O contexto pode, realmente, definir o sentido do discurso e, normalmente, orienta tanto a produção quanto a recepção.
Inferências: Ideias não expostas, mas subtendidas. Conexões que o leitor faz (contexto), tentando alcançar uma interpretação do que lê ou ouve, estabelecendo uma relação não explícita no texto.
Focalização: É a maneira como cada leitor vê o  texto.
Ex.: Um médico, um advogado, um engenheiro.... lendo um romance. (cada um terá uma visão).
Conhecimento de mundo: O texto fala sobre o quê?
Conhecimento partilhado: Necessário para a compreensão do  texto - emissor e receptor devem ter um conhecimento de  mundo com certo grau de similaridade, constituindo o conhecimento compartilhado.
Conhecimento linguístico: é o conhecimento da gramática em si e sua aplicação dentro do texto para que possa  ser estabelecida a coerência.
Ex.: Uso de artigos, ordem das palavras, conjunções, tempos verbais....
Contextualização: Informações sobre localização, data e autor  (texto).


EXERCÍCIO

Redija um texto dissertativo-argumentativo evitando vícios de linguagem e usando adequadamente os fatores que garantem a qualidade de um bom texto. Lembre-se também dos aspectos semânticos e morfossintáticos. USE A NORMA CULTA DA LÍNGUA. NÃO ESQUEÇA DE ATRIBUIR UM TÍTULO AO SEU TEXTO.



Vícios de linguagem

Vícios de linguagem

Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.

Ambiguidade ou Anfibologia

Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)

Cacofonia
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela) 

Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na população.

Hiato
Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância.
Exemplos:
Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará  o concurso.

Colisão
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
Exemplo: Sua saia sujou.

Barbarismo
Barbarismo, peregrinismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.
De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes: galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (Pais de Gália, antigo nome da França); anglicismo, quando do inglês;
castelhanismo, quando vindos do espanhol;
Exemplos:
a) Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");
b) Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife");
c) Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria "Eles têm serviço de entrega").
d) Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o mais adequado seria Primeiro-ministro)
e) Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits. (anglicismo, o mais adequado seria Mirtilo e Toranja)
f) Convocamos para a Reunião do Conselho de DA's (plural da sigla de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo 's' para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)
g) Irei ao toilette (galicismo, o mais adequado seria Banheiro).

Paradoxo vicioso
Paradoxo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa antítese extrema inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de paradoxo chamamos paradoxo vicioso.
Exemplos:
a) "Ele vai ser o protagonista terminal da peça."
b) "Meninos, entrem já para fora!"
c) "Estou subindo para baixo."
d) "Tenho certeza relativa!"

Plebeísmo
O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos considerados informais.
Exemplos:
a)"Ele era um tremendo mané!"
b)"Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Tá ligado mano?"
c)'Vô piálá'mais tarde ' !!! Se ligou maluco ?

Prolixidade
É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas ideias.
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer  exatamente o que se quer.

Pleonasmo vicioso
Pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.
Exemplos:
a)"Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal)
b)"Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro)
c)"Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir para cima)
d)"Tenho certeza absoluta " - (Toda "certeza" é absoluta)

Solecismo
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma.
Há três tipos de solecismo:
De concordância:
Exemplos:
a)"Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao médico.)
b)"Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
De regência:
Exemplo: "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de época.)
De colocação:
Exemplos:
a)"Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por favor.)
b)"Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
c)"Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do que perguntou.)



O texto dissertativo-argumentativo

Texto Dissertativo / Argumentativo  (revisão)
     
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais:

Introdução

Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. 
Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto.

Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos pretensamente "sérios" , o teatro se configura como um espaço de lazer e diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se imagina.(tese).

Desenvolvimento

Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente,  em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas.

O teatro grego apresentava uma função eminentemente pedagógica. Com sua tragédias, Sófocles e Eurípides não visavam apenas à diversão da plateia mas também, e sobretudo, pôr em discussão certos temas que dividiam a opinião pública naquele momento de transformação da sociedade grega. Poderia um filho desposar a própria mãe, depois de ter assassinado o pai de forma involuntária (tema de Édipo Rei)? Poderia uma mãe assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso (tema de Medeia e ainda atual, como comprova o caso da cruel mãe americana que, há alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)?

Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização grega. "Ir ao teatro", para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais.

Deixando de lado as diferenças obviamente existentes em torno dos gêneros teatrais (tragédia, comédia, drama), em que o teatro grego, quanto a suas intenções, diferia do teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos modernos, a função do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peças tiveram um papel essencial pedagógico voltadas para a conscientização de trabalhadores e para a resistência política na Alemanha nazista dos anos 30 do século XX.
                                                                                                                                 
O teatro, ao representar situações de nossa própria vida - sejam elas engraçadas, trágicas, políticas, sentimentais, etc. - põe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua magia: a cada representação, a vida humana é recontada e exaltada. O teatro ensina, o teatro é escola. É uma forma de vida de ficção que ilumina com seus holofotes a vida real, muito além dos palcos e dos camarins.

Conclusão

Que geralmente retoma a tese, sintetizando as ideias gerais do texto ou propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma ideia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto.

Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, é inegável. A escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em linguagem própria, complementa o trabalho de gerações de educadores, preocupados com a formação plena do ser humano.      (conclusão)

Quisera as aulas também pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenários, o cuidado com os figurinos, o envolvimento da música, o brilho da iluminação, a perfeição do texto e a vibração do público. Vamos ao teatro! (elemento- surpresa)

(Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Português).

Observação: a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e alegorias. Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua.

O Parágrafo

Além da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, é importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades básicas: o parágrafo.

Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma ideia-núcleo, que é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.

Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo), a conclusão. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.

ATIVIDADE
Redija um texto a partir das ideias apresentadas. Defenda os seus pontos de vista utilizando-se de argumentação lógica.

TEMA

"Eu não queria estar na sua pele." Com essa frase, dirigida ao vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, o presidente da TV Cultura, Jorge da Cunha Lima assinalou a imensa responsabilidade social que as emissoras de televisão têm, dada sua influência sobre o modo de pensar do brasileiro. Lima considerou a TV "o grande formador da alma brasileira", afirmando que a TV Cultura e a Rede Globo representam os dois paradigmas da comunicação audiovisual do país: "Eu não tenho medo de dizer que o futuro da TV brasileira vai ser o que nós dois vamos ser.” A seu ver a TV Cultura, por ser uma emissora pública (e, portanto, não ter compromisso com lucros), deve ser "palco de experiências para melhorar a programação" as quais podem ser aproveitadas mais tarde na TV comercial. Cunha Lima, que foi aplaudido de pé pelos participantes, completou sua apresentação reafirmando o papel formador da TV no Brasil: "Somos a única forma de entretenimento para milhões de pessoas, porque somos gratuitos" Mas ressaltou que a TV não pode substituir a escola: "A TV deve ser um instrumento de formação complementar do homem, informando-o e despertando seu gosto." (Natasha Madov, uol / aprendiz)

INSTRUÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DA REDAÇÃO

A partir do texto proposto, desenvolva uma redação dissertativa-argumentativa, explorando o tema "As relações entre a TV e a formação do brasileiro".
Para a contextualização do tema, você poderá explorar as seguintes ideias:
• A orientação da TV educativa no Brasil segue três princípios: educar, informar e entreter.
• A TV comercial inverte esses princípios: entreter, informar e educar. Cabe ao enunciador do texto questionar o porquê dessa inversão.

Para ajudá-lo, você pode se valer das seguintes questões:

• Quais as responsabilidades sociais que as emissoras de televisão assumem no Brasil?
• Quais as influências que a TV exerce sobre o modo de pensar do brasileiro?
• Em que medida a TV é "o grande formador da alma brasileira"?

Na avaliação da sua redação, serão ponderados:

• A correta expressão em língua portuguesa.
• A clareza, a concisão e a coerência na exposição do pensamento.
• Sua capacidade de argumentar logicamente em defesa de seus pontos de vista.
• Seu nível de atualização e informação.
• A originalidade na abordagem do tema.